domingo, 13 de abril de 2014

Cadê a bruxa?

Há alguns anos que procuro a tal bruxa que enfeitiçou a Bela Adormecida. Sonho em dormir 100 anos e acordar bela, formosa e sem problemas. Mas essa bruxa está mais escondida que aqueles objetos que perdemos e nunca mais achamos.

No domingo passado vi no Fantástico que uma mulher perdeu a memória dos últimos dez anos. Levou um ano para recuperar as lembranças. E foi uma confusão, pois só lembrava do ex-marido, não reconhecia o filho e nem a sua casa. Aí pensei: e se acontecesse isso comigo? Nossa! Há dez anos eu ainda era casada, minhas meninas tinham 3 anos e os meus problemas eram totalmente diferentes. Não, definitivamente prefiro os problemas de hoje. Não sou mais aquela pessoa de dez anos atrás. Por outro lado, eu não saberia como sou hoje, né?

O fato é que perder a memória também não resolveria nada. OU seja, ainda continuarei a procurar a tal bruxa. Preciso de uma folga, ora essa. 100 anos é um bom número. E ainda tem mais, quando eu acordar, quero tudo resolvido, mas com minhas filhas bem, ainda com treze anos e tudo de bom ainda presente. Ihhh, nem a tal bruxa teria tanto poder. Nem nos contos de fada!

É hora de colocar a minha imaginação para escrever histórias para crianças e ficar bem acordada para mudar minha vida sem a ajuda da bruxa, da fada e ou de outras mágicas. A realidade exige outros métodos.

terça-feira, 8 de abril de 2014

Pé de Poesia... ENTRE


Entre tantos caminhos
Veredas sem fim
Entre a flor e o espinho
A vida é assim!

Entre o passo e o compasso
Toca o dó e assovia o si
Entre o choro e o abraço
Essa luta em mim

Entre o verso e a rima
E o não e o sim
Entre o pecado e a sina
Os lençóis de cetim

Entre a noite e o dia
E o claro e o escuro
Entre a água quente e a fria
Pule logo esse muro

E entre

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Filosofando...

Ontem passei a tarde na Livraria Cultura. Peguei vários livros, li umas páginas aqui, outras acolá e, de repente, vejo uma versão pocket da L&PM: Uma breve história da Filosofia, de Nigel Wartburton. Começo a ler e não largo mais. Li quase cinquenta páginas. Refleti. Fiz mais de mil perguntas...

Pensei sobre felicidade. Aristóteles afirmou que a infelicidade surge do fato de não conseguirmos o que queremos. Então, facilmente podemos nos livrar dela e obter a felicidade plena, basta não querermos "tanto", não é mesmo? Ahhhh! Se fosse tão simples.

Aprendi uma nova palavra: eudamonia. Depois da leitura e de algumas pesquisas no google vi que esse termo não era usado somente por Aristóteles, era usado por vários filósofos da antiguidade para expressar felicidade, bem estar, prosperidade... No wikipédia, li que, para Aristóteles: "A felicidade é um princípio; é para alcançá-la que realizamos todos os outros atos; ela é exatamente o gênio de nossas motivações".

Prefiro o gênio da lâmpada maravilhosa, aquele que o Aladim teve a sorte de conhecer. É claro que o pensamento de Aristóteles vai muito além das poucas palavras que aqui escrevi. Esse filósofo defendia que a felicidade não era um dom, ela tinha que ser conquistada.

 O que me chamou a atenção foram as várias ideias sobre como alcançar a felicidade. Li sobre Platão, sobre os filósofos estoicos, sobre a política do Império Romano, as guerras e os imperadores. Cheguei em um capítulo com o título: "Aprendendo a não se importar".

Daí veio a frase que fez com que meus neurônios dançassem frenéticamente enlouquecidos: ser filosófico é aceitar o que não se pode mudar. Estou longe de aprender a não me importar! Estou longe de aceitar, de mãos cruzadas, o que não posso mudar. Descobri o que tanto me incomoda. Quero mudar as coisas que preferem ficar quietinhas. Quando vou aprender? Acho que tenho uma vida inteira... ou não! 

E foi assim que passei o resto do meu domingo filosofando... pensando em fazer uma lista do que realmente posso pensar em mudar. É hora de dar prioridade para áreas em que eu posso agir e conseguir resultados. Ficar lambendo a lima, não vai me levar a lugar algum. Alguém já tinha me falado isso, mas sou tão teimosa! E essa teimosia machuca tanto!

Filosofando, então, continuo o meu caminho. Quero seguir em frente, ultrapassando as palavras e os planos, agindo, conquistando, mudando sim, por que não?!