sexta-feira, 22 de julho de 2011

Frutos de pensamentos

Ah! Como eu queria voltar a ter 15 anos. E pensar que eu reclamava de tanta besteira naquela época. Queria ser adulta! Queria tomar conta da própria vida e não ter que dar satisfação para ninguém. Achava que assim que completasse 18 anos e tivesse o meu emprego, não precisaria de mais nada, era só cuidar da MINHA vida.  Hoje, bem pra lá dos 18, enxergo tudo completamente diferente. Continuo querendo tomar conta da minha vida, ter minha independência e até gostaria de não dar satisfação para seu ninguém. Só que já sei que isso tudo é ilusão. A gente luta feito doida para tomar conta da nossa vida, temos que pensar  na vida de quem a gente ama (e queremos pensar e tomar conta da vida e da felicidade), esperamos um futuro melhor para todos, lutamos dia-a-dia para ter saúde, estar em forma, continuarmos atualizados, ganharmos mais experiência e ainda temos a obrigação de ser feliz.

Com 15 anos eu não tinha tanta obrigação assim! Só a de estudar. E ainda achava muito, afinal não era fácil estudar tudo aquilo. E tinha o tal vestibular, que nos daria tudo na vida. É? Cadê, seu vestibular?! Eu passei, era ótima aluna, graduei, fiz mestrado, trabalhei e me dediquei e cadê tudo que você me prometeu?!!! Hein, hein? Puxa, queria pensar besteira como antigamente, pois as besteiras que penso hoje são dez vezes piores. Será que vou dar conta de tudo? Não posso deixar minhas filhas sem assistência. E elas tem que ter tudo! Tudinho o que querem. Afinal, eu sou uma mãe ou uma irresponsável? Mãe responsável dá de tudo, você não sabe? E ainda faz os filhos serem felizes. Compra felicidade e um lugar no céu. E ainda acha ruim quando o lugar comprado não é no meio e na frente do palco!

Ei, alguém aí vende uma máquina do tempo?

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Flores Poéticas

Um poema para aquele que precisa viver poeticamente.
Um poema para quem ama e para quem espera.
Um poema para você e eu.
Um poema para ler...
de Pablo Neruda


Para meu coração basta o teu peito 
Para que sejas livre as minhas asas. 
De minha boca chegará até o céu 
O que dormindo estava em tua alma. 


Tu trazes a ilusão de cada dia. 
Chegas como o orvalho nas corolas. 
Com tua ausência escavas o horizonte. 
Eternamente em fuga, irmã das ondas. 


Já disse que o teu canto era o do vento 
Como cantam os mastros e os pinheiros. 
És como eles alta e taciturna. 
E entristeces de pronto, como uma viagem. 


Acolhedora como antiga senda 
Abrigas ecos e vozes nostálgicas. 
Desperto e alguma vez emigram, fogem 
Pássaros dormindos em tua alma. 

Pablo Neruda 
In: Veinte poemas de amor y una canción deseperada 

terça-feira, 12 de julho de 2011

Frutos de Pensamentos

A vida é cheia de surpresas. Quando menos esperamos, sentimentos malucos invadem a nossa alma e não conseguimos controlar a emoção. E desde quando a humanidade controla emoções? Todos os seres humanos, por mais racionais que sejam, perdem o controle de suas emoções. Uns a cada 5 minutos, outros uma vez na vida. Não interessa! Quando a gente perde o controle o chão falta, o coração dispara, o pensamento voa, as lágrimas escorrem, a voz descontrola (emudece ou grita desesperadamente). E... simplesmente deixamos de ser racionais. Razão passa a ser um objeto fora de nosso alcance. Quem quiser que a tenha, porque eu, neste momento, perdi totalmente a minha. Espero recuperá-la em breve, só que agora não dá! Nem mesmo eu entendo o que estou fazendo ao sentir tanto... Como é que pude ficar deste jeito? Nunca fui assim... com ninguém... e agora perco o rumo só de pensar em... Ah! Deixa para lá! Não estou conseguindo pensar mesmo! Só sinto! Estou desemparada, ninguém me entende, sou um peixe fora d´água, sou um pássaro sem asas, sou água perdida no meio do deserto. Preciso de direção... não vejo nada no meio dessa bagunça que está a minha vida... Como posso começar a organizar se não há espaço? E eu que pensei que tinha o Universo inteiro ao meu dispor, vejo-me confinada em uma bolha de sabão... Por favor, alguém assopre aí e me tire daqui! Epa! Mas cuidado, por favor, não me deixe cair...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Frutos de Pensamentos

     O tempo impede a gente de registrar os mais profundos pensamentos. Aí eles ficam vagando na nossa cabeça, desesperados para sair... até que uma janelinha se abre para a escrita. Assim, abre-se uma janela neste momento e vejo que os pensamentos vão sair desorganizados, atrapalhados... A vontade é de sair é tamanha que não há tempo de colocar ordem.
     A confusão já começa ao mesclar duas partes (pastas) do meu blog... Frutos de Pensamentos e Pé de Acontecimentos. Na quarta-feira, dia 29 de julho, fui ao lançamento do livro  "Ler o Mundo", de Affonso Romano de Sant´Anna. Noite muito agradável que me fez pensar sobre o que quero escrever. E sobre o que quero ler, é claro! Definitivamente, quero fazer meu Doutorado em Formação de Professores Leitores. Pesquisar se os professores são leitores ou não? Já tenho uma prévia do que encontrarei, afinal já andei pelo Brasil inteiro vendo de perto vários e vários professores. O mais importante não é isso. Gostaria de pensar sobre uma forma de mediar a leitura de professores. Não só a leitura técnica ou acadêmica, mas a leitura literária, a leitura crítica, "abrir" os olhos dos professores para "ler o mundo". Sair da sala de aula e ver além. Conduzir os professores por caminhos não navegados, céus não explorados, buracos não escavados, ventos desconhecidos!
     Na mesma noite comecei a ler o livro. E sublinhei trechos, refleti... Nossa! Tudo que eu precisava neste momento: ler sobre ler. Ler o meu mundo dentro do mundo. Ampliar meus horizontes. Não porque o texto seja novidade. É claro que sempre há novidades em todos os textos que lemos, mas muito do que está ali eu já tinha lido (em outras obras do autor e por aí), já sabia, já tinha refletido. Aí que fica mais interessante! Opa! Vejam só, eu estou atualizada sobre o tema. E melhor ainda: como é bom saber que há pessoas que lutam incessantemente há anos e mais anos pela valorização da leitura e a formação de leitores no Brasil.
     Tempo, ahhhhh! Preciso fechar a janela e guardar os demais pensamentos para saírem depois...