quinta-feira, 14 de julho de 2011

Flores Poéticas

Um poema para aquele que precisa viver poeticamente.
Um poema para quem ama e para quem espera.
Um poema para você e eu.
Um poema para ler...
de Pablo Neruda


Para meu coração basta o teu peito 
Para que sejas livre as minhas asas. 
De minha boca chegará até o céu 
O que dormindo estava em tua alma. 


Tu trazes a ilusão de cada dia. 
Chegas como o orvalho nas corolas. 
Com tua ausência escavas o horizonte. 
Eternamente em fuga, irmã das ondas. 


Já disse que o teu canto era o do vento 
Como cantam os mastros e os pinheiros. 
És como eles alta e taciturna. 
E entristeces de pronto, como uma viagem. 


Acolhedora como antiga senda 
Abrigas ecos e vozes nostálgicas. 
Desperto e alguma vez emigram, fogem 
Pássaros dormindos em tua alma. 

Pablo Neruda 
In: Veinte poemas de amor y una canción deseperada 

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