segunda-feira, 22 de julho de 2013

Pé de Poesia

Sinto o cinto na cintura
do pensamento desatento
Apertado, atado, sufocado
Mistura da dor e da cura
do meu peito amordaçado

Não devo expressar nada
Nem para tudo me calar
O que me falta é coragem
passagem, miragem?
Ser selvagem!
Gritar!



domingo, 7 de julho de 2013

Pé de Poesia



Sentir não permitido?
Por acaso é proibido?
Mente em exercício,
Que suplício!

Penso e existo
Amar eu desisto?
Por acaso Deus condena
Se o amor valer a pena?

Santa desilusão!
Sofrer não tem perdão?
O outro te assusta agora
E a dor de ti não vai embora?

Fascínio é preciso
Até pro indeciso
Solidão é decidida
É o "não" para partida!

E parte daí o partir
Pela metade da parte
Do não saber ir
Corta a possibilidade
De o EU mesmo conhecer
E de dentro de si se envolver
Consigo!

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Pé de Poesia

Corpo em Desalinho

Pesado corpo
Em sangramento
Não sustenta
Nem massa
Nem gente
Pensamento
Mente
Desorienta
É o grito
De ser
Somente
Mulher!

Pé de Poesia

Noite de Frio

Frio, arrepio
Um nariz gelado
Ninguém do meu lado
E um coração bem apertado!

Neblina
Me ensina
A flutuar neste frio
A deixar correr a água do rio
A desenrolar um emaranhado  de fio

Ai quanto quanto gelo
Frio até no meu cabelo
Dá um certo desespero!
Por isto peguei mais um cobertor
Na esperança de ter um pouco de calor
Mesmo sem ter um aconchego
E do escuro ainda ter medo!

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Pé de Poesia



     Lááááá no fundo!



Na varanda
                    Luzes
Ao fundo
O horizonte

Na janela
Somente eu
Ao fundo
A escuridão

Na mente
                    Pensamentos
Ao fundo
A ideia 

No olhar
Imaginação
Ao fundo
A vontade

No peito
Sentimentos
                    Ao fundo
Poesia!

Tatiana Nunes de Oliveira, em 01/07/2013